SOBRE O
FIM DA ÁGUA
Caro leitor amigo
Quero te convidar
Para pensar comigo
Sobre algo singular
Que afeta toda
gente
E não há um vivente
Que não possa
concordar
Falo sobre a água
Que está chegando
ao fim
E sinto grande
mágoa
Pois não afeta só a
mim
E o povo reconhece
Mas pouco se
enternece
Fica no discurso
enfim
Desperdiça sem
remorso
Pensando que é
ficção
Mas sempre que eu
posso
Passo logo o sermão
A água é preciosa
Altamente valiosa
Tome tino e noção
Usam-na pra lavar
carro
Para lavar
escadaria
Muitos me tiram o
sarro
Ou demonstram
apatia
Pensando que nunca
vem
O dia em que alguém
A vida por ela
daria
Outro dia uma
professora
Lavava sua calçada
E me lançou a
vassoura
Quando foi
perguntada
Se a mesma não
sabia
Que a água se
exauria
Se não estava
errada
Fico pensando se
ela
Ensina aos seus
alunos
Que
a água é aquela
Que
em tempo oportuno
Vai
então chegar ao fim
E então
vamos enfim
Buscar
água em saturno
É preciso
ter cuidado
E sempre
economizar
Pra
não se sentir culpado
Quando
a coisa piorar
A água
que lavar roupa
Mesmo
que seja pouca
Pra
lavar portão servirá
Também aquela água
Usada na hora do
banho
Em torrente deságua
Pra descarga é um
ganho
Vai no vaso
sanitário
Infelizmente é o
cenário
Mesmo que seja estranho
Ao escovar os
dentes
Com a torneira
aberta
Faz isso muita
gente
É uma burrice certa
Litros vão pro
esgoto
Como se fosse um
aborto
Mesmo com tanto
alerta
Banho que leva
horas
Tanta água derramada
Quase ninguém colabora
E repete a burrada
Mesmo com tanto
apelo
E todo esse
pesadelo
Da catástrofe anunciada
Mas um dado
interessante
Que nos chama
atenção
O que parece
chocante
É a nossa condição
Por vivermos no
nordeste
E numa seca da
peste
De ver rachadura no
chão
Por vivemos sem água
Não é grande
novidade
e a nossa grande
mágoa
É que nossa adversidade
A mídia não dava
crédito
E hoje é fato
inédito
E pra nós
normalidade
Já tomei água barrenta
Da cor de guaraná
Dividida com
sedenta
Boiada a pisotear
Para muitos absurdo
Beber daquele
chafurdo
Lavar roupa e se
banhar
Vi bicho de sede morrer
Sem água e sem comida
Vi plantação perecer
Pela seca atingida
A água sempre
faltou
E o nordeste encontrou
Modos de levar a vida
A seca afetou o
sudeste
Virou calamidade
E o povo do
nordeste
Vive essa verdade
Economia aqui é
fato
Sabemos o valor no
ato
Água aqui é
novidade
O fato é que é
preciso
Cuidar da água ou
então
Não vai adiantar
aviso
No rádio ou
televisão
E será o fim da
vida
E a calamidade
temida
Acometerá a nação
Pelo domínio da água
Poderemos ter
guerra
morte, dor e mágoa
e miséria em toda
terra
se a água potável
acabar
a terra será um
lugar
onde a vida se
encerra
Vamos juntos pensar
nisso
Pra mudar ainda há tempo
E façamos
compromisso
De deixar o
passatempo
Para desse liquido
cuidar
para que possamos
pensar
Num futuro sem
contratempo
A vocês agradeço
Pela grande atenção
Pensar já é um
começo
De mudar a condição
Em que nos
encontramos
Para que um dia
possamos
Resolvermos tal
questão.
Inamar Coelho
2 de Abril de 2015
Parabéns... Vc é um exemplo!!! Gostei
ResponderExcluirobrigado Luciene!
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