domingo, 31 de outubro de 2021

sábado, 30 de outubro de 2021

Mimimi


 

Que saudade do Brasil!


 Muita gente, no seu conforto, mínimo que seja, talvez não esteja se importando com a desgraça que se abate sobre o país. Alguns Privilegiados não se importam com preço do gás, da luz, da carne, da gasolina etc., mas 70% ou mais da população se importa. O Brasil é o povo e o povo não esquece...

Pacote do veneno


 Estamos devastando as florestas para plantar monoculturas para exportação. Para garantirmos os lucros e a produção utilizamos agrotóxicos proibidos, envenenando as águas e os alimentos. Somos a única espécie no planeta que acelera a extinção. O fim está próximo...

Devastação colossal


 É preciso consciência sobre a falta de proteção ante a devastação da caatinga com a cultura das queimadas e desmatamento.

terça-feira, 26 de outubro de 2021

quarta-feira, 20 de outubro de 2021

segunda-feira, 18 de outubro de 2021

quinta-feira, 7 de outubro de 2021

segunda-feira, 4 de outubro de 2021

sábado, 2 de outubro de 2021

Pioneira cordelista

 

Fonte da imagem: https://www.paraibacriativa.com.br/artista/maria-das-neves-batista-pimentel/


Pioneira cordelista

 
O Cordel vem do passado
Dos tempos ‘memoriais
Em viva literatura
Nestes tempos atuais
Educando e instruindo
O Cordel vai resistindo
Pelas redes sociais
 
Na internet se faz
Do Cordel algo mais forte
Com grande divulgação
Encontrou novo suporte
Arte de cabra da peste
Pondo no alto o Nordeste
Leste, Oeste, Sul e Norte
 
E pra nossa grande sorte
Hoje uma estrada florida
Com mulheres cordelistas
Novo rumo e nova vida
Cordelistas arretadas
Aguerridas inspiradas
Faz do Cordel sua lida
 
No passado definida
No lugar patriarcal
Como escrita só de homem
No panteão principal
Mas hoje se descortina
A produção feminina
Como diferencial
 
Numa luta desigual
A mulher é vencedora
Pra chegar nessa vitória
Teve uma precursora
Uma mulher cordelista
Maria das Neves Batista
A primeira transgressora
 
Uma mulher escritora
De folheto de cordel
No tempo em que o homem
Detinha esse papel
Feria as regras primais
Velhos valores morais
No arcaico painel
 
Em tempos de coronel
Uma mulher corajosa
Filha de um editor
Teve a sorte ditosa
De debutar na escrita
Seu contexto facilita
Sendo ela cuidadosa
 
A mulher audaciosa
Usou bem de esperteza
De usar um pseudônimo
Pois sabia com certeza
Que naquele universo
De preconceito perverso
Exigia essa proeza
 
Para não causar surpresa
No mundo patriarcal
Usou nome de homem
Já que era natural
Só homem ser cordelista
Maria das Neves Batista
Deu um passo crucial
 
Com coragem germinal
Maria das Neves Batista
Na editora do Pai
Francisco Chagas Batista
Se fez primeira mulher
Reconhecê-la requer
Pioneira cordelista
 
E essa grande conquista
Reverbera atualmente
No ano de trinta e oito
Foi plantada a semente
E hoje tem cordelista
Mulher a perder de vista
Neste contexto recente
 
Nadando contra a corrente
Do machismo e preconceito
A mulher que é cordelista
Merece todo respeito
Tendo seu lugar de fala
Sua voz jamais se cala
Pois exerce seu direito
 
E o pensamento estreito
Do homem que não aceita
A mulher ganhar espaço
E sua escrita rejeita
Melhor ir se acostumando
O preconceito quebrando
Pois doí menos quando aceita
 
A mulher tem a receita
Arte e sensibilidade
Tem mostrado no Cordel
Sua grande habilidade
Tem espaço garantido
No percurso construído
Por respeito e igualdade
 
Nada de rivalidade
Basta apenas respeitar
As mulheres cordelistas
Chegaram aqui pra ficar
Para todos nasce o sol
A mulher é girassol
E no cordel tem lugar.

 
Inamar Coelho 02/10/2021

Mulheres cordelistas


A Literatura de Cordel, dada sua secularidade, vem de um tempo em que não era permitida à mulher a escrita que era restrita aos homens, no universo do patriarcado. A primeira mulher a escrever cordel, a paraibana D. Maria das Neves Batista, 1913-1994, filha do poeta e editor cordelista, Francisco Chagas Batista, precisou usar um pseudônimo masculino. Naqueles tempos antigos à mulher não era permitido fazer essa arte de homens e era grande desonra para os homens serem derrotados numa peleja com mulher, ou mesmo ter uma mulher que escrevesse cordéis tão bom ou melhor que eles. Hoje o mundo está mudando e evoluindo e pra nossa sorte é crescente o número de mulheres cordelistas no território nacional, enfrentando o preconceito e a discriminação.