Cordel na Escola vai além dos versos
Produzido para o III Concurso de Cordel em São Gonçalo, pena que não foi classificado.
Querido
leitor amigo
Peço
vossa atenção
Para
falar de Cordel
De
Cultura e Tradição
Que
hoje está na escola
Por
toda nossa nação
Se
não está deveria
Dada
a sua importância
Para
os jovens e adultos
E
também na tenra infância
Pois
aprender com Cordel
Traz
saber em abundância
Ele
que vem da Europa
Direto
para o sertão
Do
Nordeste Brasileiro
Onde
ganhou expressão
Tomou
conta do país
Com
obras de inspiração
Serve
bem ao professor
Não
só pra Literatura
Cordel
vai além dos versos
Da
Tradição, da Cultura
No
seu bojo cabe tudo
Em
saber se configura
O
Cordel já foi a mídia
Nos tempos lá do passado
Servindo pra informar
No seu folheto narrado
Muitos acontecimentos
Por ele foi registrado
Chamado de ABC
Nas vilas do interior
Nas bibocas do Sertão
Servia de professor
Deixando o povo letrado
O Cordel-educador
Hoje
usado na escola
Cumprindo a mesma função
Ensinando e divertindo
E levando informação
O Cordel é professor
Nessa nova geração
Mas há que esclarecer
Que por puro preconceito
O Cordel não tinha espaço
Nem o devido respeito
Nas letras da Academia
O Cordel não era aceito
Nos compêndios manuais
Da escola brasileira
O Cordel não figurava
Como escrita verdadeira
Por ser algo popular
Vista sem classe, grosseira
Cordel
foi ignorado
Pelo
poeta erudito
Por
surgir no mei' do povo
O
preconceito esquisito
Mentalidade
tacanha
No
Canon ficou proscrito
Nem mesmo o Antônio Cândido
Na sua obra "Formação
Da litera’ brasileira"
Lhe faz a menor menção
Pois não foi canonizada
Não tinha autorização
Alfredo Bosi também
Na sua "História concisa
Da litera’ brasileira"
Nem uma nota precisa
Mas a despeito de tudo
O povão a eterniza
Salvos Silvio Romero,
Luís da Câmara Cascudo
Entre alguns visionários
De renomado canudo
Deram à lira popular
Algum espaço, contudo
O Cordel relatou guerras
Alfabetizou matutos
Foi a imprensa do país
Retratou o povo astuto
Contou histórias de amor
Pelejas do sertão bruto
Deu filmes para o cinema
Documentários diversos
"O homem que virou suco"
Surgem desse universo
"Auto da compadecida"
Inspirado texto em verso
Despeito da Academia
Sobre tal Literatura
A mais autêntica que há
No seio dessa cultura
Nessa terra brasileira
É da maior estatura
Leandro Gomes de Barros
Quando sistematizou
O Cordel Literatura
Quem primeiro publicou
Em folhetos de papel
Bela arte inaugurou
Foi esquecido, contudo
De modo proposital
Mesmo tendo produzido
Volume fenomenal
Com inúmeros cordéis
Com temática plural
Depois dele muitos outros
Começaram a imprimir
Livretos organizados
Ajudando a construir
A Literatura viva
Que tentaram reprimir
Na Academia de Letras
Dos autores Brasileiros
Não há nenhuma cadeira
Nem na parede letreiro
Que se refira ao Cordel
Ou alguém desse celeiro
E assim o tempo passa
E o Cordel só resiste
Inovando e renovando
Na Educação persiste
Instrumento de ensino
De real valor consiste
Hoje tem Academia
Dedicada ao Cordel
ABLC com insígnia
E registro no papel
E a Universidade
Tem formado Bacharel
O IPHAN reconheceu
Patrimônio Cultural
Finalmente o Cordel
Tem o seu lugar formal
É viva Literatura
E orgulho nacional
Na
Escola está presente
Limite já não existe
O Cordel tomou o mundo
E na escola resiste
No
mundo da Educação
Com
os livros coexiste
Ao
Cordel não há limite
Dada
a flexibilidade
Do
seu modo narrativo
Sua
ficcionalidade
Informativo
ou didático
Tem
também ludicidade
Tem
romance, também fábula
Crônica
com muito humor
Tem
drama e tem comédia
De
impressionar doutor
Tem
Ciência no Cordel
Do
História é transmissor
Arievaldo
Viana
Deixou
seu grande legado
Do
Cordel como instrumento
Em
um projeto aprovado
Chamado
“Acorda Cordel...”
Foi
testado e aprovado
“...Cordel
na Sala de Aula”
Teve
alcance e atuação
Fez
da Arte instrumento
Para
alfabetização
Provando
que o Cordel
Tem
lugar na Educação
Com
folhetos a granel
Trazendo
a xilogravura
Rima
e metrificação
Tem
arte nessa feitura
O
Cordel na Educação
Em
saber se configura
E
sendo alta cultura
Do
orgulho nordestino
Tem
expressão no Brasil
Firme,
forte e genuíno
E
o Cordel na Escola
É
instrumento de ensino
Sem
jamais envelhecer
O
Cordel tem seu vigor
Sempre
surge um cordelista
Com
engenho e com labor
E
seu uso na escola
É
auxílio ao professor
Levar
pra sala de aula
O
cantador, repentista
Melhor
metodologia
Com
o Cordel, haja vista
Faz
a aula mais perfeita
Um
Professor Cordelista.
Inamar Coelho, 16/05/2024
Peço vossa atenção
Para falar de Cordel
De Cultura e Tradição
Que hoje está na escola
Por toda nossa nação
Dada a sua importância
Para os jovens e adultos
E também na tenra infância
Pois aprender com Cordel
Traz saber em abundância
Direto para o sertão
Do Nordeste Brasileiro
Onde ganhou expressão
Tomou conta do país
Com obras de inspiração
Não só pra Literatura
Cordel vai além dos versos
Da Tradição, da Cultura
No seu bojo cabe tudo
Em saber se configura
Nos tempos lá do passado
Servindo pra informar
No seu folheto narrado
Muitos acontecimentos
Por ele foi registrado
Nas vilas do interior
Nas bibocas do Sertão
Servia de professor
Deixando o povo letrado
O Cordel-educador
Cumprindo a mesma função
Ensinando e divertindo
E levando informação
O Cordel é professor
Nessa nova geração
Que por puro preconceito
O Cordel não tinha espaço
Nem o devido respeito
Nas letras da Academia
O Cordel não era aceito
Da escola brasileira
O Cordel não figurava
Como escrita verdadeira
Por ser algo popular
Vista sem classe, grosseira
Pelo poeta erudito
Por surgir no mei' do povo
O preconceito esquisito
Mentalidade tacanha
No Canon ficou proscrito
Na sua obra "Formação
Da litera’ brasileira"
Lhe faz a menor menção
Pois não foi canonizada
Não tinha autorização
Na sua "História concisa
Da litera’ brasileira"
Nem uma nota precisa
Mas a despeito de tudo
O povão a eterniza
Luís da Câmara Cascudo
Entre alguns visionários
De renomado canudo
Deram à lira popular
Algum espaço, contudo
Alfabetizou matutos
Foi a imprensa do país
Retratou o povo astuto
Contou histórias de amor
Pelejas do sertão bruto
Documentários diversos
"O homem que virou suco"
Surgem desse universo
"Auto da compadecida"
Inspirado texto em verso
Sobre tal Literatura
A mais autêntica que há
No seio dessa cultura
Nessa terra brasileira
É da maior estatura
Quando sistematizou
O Cordel Literatura
Quem primeiro publicou
Em folhetos de papel
Bela arte inaugurou
De modo proposital
Mesmo tendo produzido
Volume fenomenal
Com inúmeros cordéis
Com temática plural
Começaram a imprimir
Livretos organizados
Ajudando a construir
A Literatura viva
Que tentaram reprimir
Dos autores Brasileiros
Não há nenhuma cadeira
Nem na parede letreiro
Que se refira ao Cordel
Ou alguém desse celeiro
E o Cordel só resiste
Inovando e renovando
Na Educação persiste
Instrumento de ensino
De real valor consiste
Dedicada ao Cordel
ABLC com insígnia
E registro no papel
E a Universidade
Tem formado Bacharel
Patrimônio Cultural
Finalmente o Cordel
Tem o seu lugar formal
É viva Literatura
E orgulho nacional
Na Escola está presente
Limite já não existe
O Cordel tomou o mundo
E na escola resiste
No mundo da Educação
Com os livros coexiste
Dada a flexibilidade
Do seu modo narrativo
Sua ficcionalidade
Informativo ou didático
Tem também ludicidade
Crônica com muito humor
Tem drama e tem comédia
De impressionar doutor
Tem Ciência no Cordel
Do História é transmissor
Deixou seu grande legado
Do Cordel como instrumento
Em um projeto aprovado
Chamado “Acorda Cordel...”
Foi testado e aprovado
Teve alcance e atuação
Fez da Arte instrumento
Para alfabetização
Provando que o Cordel
Tem lugar na Educação
Trazendo a xilogravura
Rima e metrificação
Tem arte nessa feitura
O Cordel na Educação
Em saber se configura
E sendo alta cultura
Do orgulho nordestino
Tem expressão no Brasil
Firme, forte e genuíno
E o Cordel na Escola
É instrumento de ensino
O Cordel tem seu vigor
Sempre surge um cordelista
Com engenho e com labor
E seu uso na escola
É auxílio ao professor
O cantador, repentista
Melhor metodologia
Com o Cordel, haja vista
Faz a aula mais perfeita
Um Professor Cordelista.
Inamar Santos Coelho, baiano de Euclides da
Cunha, Licenciado em Letras pelo Campus XX da Universidade do Estado da Bahia –
UNEB, é servidor público Municipal. Inamar
Coelho é escrevedor de cordéis com textos disponíveis no Blog “Cordelizando
na Rede”, no endereço https://escritos-inamar.blogspot.com/ desde 2009, tendo
iniciado a paixão pelo cordel na adolescência após o contato nos anos 80 com os
textos As proezas de João Grilo e O Apocalipse de Zé Ramalho. Em
2021 ficou com o segundo lugar no Concurso de Cordel ZOORDEL com o tema Animais
do Sertão do Céu ao Chão organizado pela Universidade Estadual de Feira de
Santana.
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