quarta-feira, 17 de julho de 2024

O gatinho


 Estou gostando dessa experiência de escrever para o público infantil. 

Resumo dos governo do PT


 

Borboletinha


 

Abelinha

 


Eu tentando entrar numa escrita para um público mais novinho, da escola, aqueles que podem mudar o futuro.

Na alcova da presidência


 Fizeram da estrutura do país um puxadinho da casa do rei usando a máquina pública para encobrir crimes. E há quem ache que não é nada demais, pois certamente fariam o mesmo. O problema é que parte da população não entende certos crimes como crime. Peculato, prevaricação, sonegação, fraude, furar fila, usar máquina pública para benefício próprio, para muitos é normal e fazem tendo oportunidade. O problema do país não são os políticos. O problema é mais embaixo.

Que tiro foi esse?


 Quem prega a violência, quem quer as pessoas armadas, um dia é pego por essa mesma violência. A técnica de armar um atentado para comover a opinião pública é velha e Hollywood é mestra em imitar a realidade. Se foi simulação ou não, o objetivo já foi alcançado, pois o povo se deixa levar pela comoção, pelo pathos, e muda a consciência esquecendo tudo que o atacado representa.
Apocalipse 14, 3 -4.:
3E vi uma das suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou após a besta.
4 E adoraram o dragão que deu à besta o seu poder; e adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem poderá batalhar contra ela?

Regrinha pra votar


 

quinta-feira, 11 de julho de 2024

Imagens do meu sertão (II)


 

Cordel na Escola vai além dos versos


Cordel na Escola vai além dos versos

Produzido para o III Concurso de Cordel em São Gonçalo, pena que não foi classificado.


Querido leitor amigo
Peço vossa atenção
Para falar de Cordel
De Cultura e Tradição
Que hoje está na escola
Por toda nossa nação
 
Se não está deveria
Dada a sua importância
Para os jovens e adultos
E também na tenra infância
Pois aprender com Cordel
Traz saber em abundância
 
Ele que vem da Europa
Direto para o sertão
Do Nordeste Brasileiro
Onde ganhou expressão
Tomou conta do país
Com obras de inspiração
 
Serve bem ao professor
Não só pra Literatura
Cordel vai além dos versos
Da Tradição, da Cultura
No seu bojo cabe tudo
Em saber se configura
 
O Cordel já foi a mídia
Nos tempos lá do passado
Servindo pra informar
No seu folheto narrado
Muitos acontecimentos
Por ele foi registrado

Chamado de ABC
Nas vilas do interior
Nas bibocas do Sertão
Servia de professor
Deixando o povo letrado
O Cordel-educador
 
Hoje usado na escola
Cumprindo a mesma função
Ensinando e divertindo
E levando informação
O Cordel é professor
Nessa nova geração
  
Mas há que esclarecer
Que por puro preconceito
O Cordel não tinha espaço
Nem o devido respeito
Nas letras da Academia
O Cordel não era aceito
 
Nos compêndios manuais
Da escola brasileira
O Cordel não figurava
Como escrita verdadeira
Por ser algo popular
Vista sem classe, grosseira
 
Cordel foi ignorado
Pelo poeta erudito
Por surgir no mei' do povo
O preconceito esquisito
Mentalidade tacanha
No Canon ficou proscrito
 
Nem mesmo o Antônio Cândido
Na sua obra "Formação
Da litera’ brasileira"
Lhe faz a menor menção
Pois não foi canonizada
Não tinha autorização
 
Alfredo Bosi também
Na sua "História concisa
Da litera’ brasileira"
Nem uma nota precisa
Mas a despeito de tudo
O povão a eterniza
 
Salvos Silvio Romero,
Luís da Câmara Cascudo
Entre alguns visionários
De renomado canudo
Deram à lira popular
Algum espaço, contudo
 
O Cordel relatou guerras
Alfabetizou matutos
Foi a imprensa do país
Retratou o povo astuto
Contou histórias de amor
Pelejas do sertão bruto
  
Deu filmes para o cinema
Documentários diversos
"O homem que virou suco"
Surgem desse universo
"Auto da compadecida"
Inspirado texto em verso
 
Despeito da Academia
Sobre tal Literatura
A mais autêntica que há
No seio dessa cultura
Nessa terra brasileira
É da maior estatura
 
Leandro Gomes de Barros
Quando sistematizou
O Cordel Literatura
Quem primeiro publicou
Em folhetos de papel
Bela arte inaugurou
 
Foi esquecido, contudo
De modo proposital
Mesmo tendo produzido
Volume fenomenal
Com inúmeros cordéis
Com temática plural
 
Depois dele muitos outros
Começaram a imprimir
Livretos organizados
Ajudando a construir
A Literatura viva
Que tentaram reprimir
 
Na Academia de Letras
Dos autores Brasileiros
Não há nenhuma cadeira
Nem na parede letreiro
Que se refira ao Cordel
Ou alguém desse celeiro
 
E assim o tempo passa
E o Cordel só resiste
Inovando e renovando
Na Educação persiste
Instrumento de ensino
De real valor consiste
  
Hoje tem Academia
Dedicada ao Cordel
ABLC com insígnia
E registro no papel
E a Universidade
Tem formado Bacharel
 
O IPHAN reconheceu
Patrimônio Cultural
Finalmente o Cordel
Tem o seu lugar formal
É viva Literatura
E orgulho nacional

Na Escola está presente
Limite já não existe
O Cordel tomou o mundo
E na escola resiste
No mundo da Educação
Com os livros coexiste
 
Ao Cordel não há limite
Dada a flexibilidade
Do seu modo narrativo
Sua ficcionalidade
Informativo ou didático
Tem também ludicidade
 
Tem romance, também fábula
Crônica com muito humor
Tem drama e tem comédia
De impressionar doutor
Tem Ciência no Cordel
Do História é transmissor
 
Arievaldo Viana
Deixou seu grande legado
Do Cordel como instrumento
Em um projeto aprovado
Chamado “Acorda Cordel...”
Foi testado e aprovado
 
“...Cordel na Sala de Aula”
Teve alcance e atuação
Fez da Arte instrumento
Para alfabetização
Provando que o Cordel
Tem lugar na Educação
 
Com folhetos a granel
Trazendo a xilogravura
Rima e metrificação
Tem arte nessa feitura
O Cordel na Educação
Em saber se configura
 
E sendo alta cultura
Do orgulho nordestino
Tem expressão no Brasil
Firme, forte e genuíno
E o Cordel na Escola
É instrumento de ensino
 
Sem jamais envelhecer
O Cordel tem seu vigor
Sempre surge um cordelista
Com engenho e com labor
E seu uso na escola
É auxílio ao professor
 
Levar pra sala de aula
O cantador, repentista
Melhor metodologia
Com o Cordel, haja vista
Faz a aula mais perfeita
Um Professor Cordelista.
 
Inamar Coelho, 16/05/2024

 

 

Inamar Santos Coelho, baiano de Euclides da Cunha, Licenciado em Letras pelo Campus XX da Universidade do Estado da Bahia – UNEB, é servidor público Municipal.  Inamar Coelho é escrevedor de cordéis com textos disponíveis no Blog “Cordelizando na Rede”, no endereço https://escritos-inamar.blogspot.com/ desde 2009, tendo iniciado a paixão pelo cordel na adolescência após o contato nos anos 80 com os textos As proezas de João Grilo e O Apocalipse de Zé Ramalho. Em 2021 ficou com o segundo lugar no Concurso de Cordel ZOORDEL com o tema Animais do Sertão do Céu ao Chão organizado pela Universidade Estadual de Feira de Santana.

 


quarta-feira, 10 de julho de 2024

Cordel sobre Direitos Humanos




Cordel sobre Direitos Humanos


Prezado leitor amigo
De ideais republicanos
Venho falar de um tema
Para desfazer enganos
Ao traçar um painel
Neste singelo Cordel
Sobre os Direitos Humanos
 
Em quarenta e oito o ano
Tem início a trajetória
Proclama as Nações Unidas
Em um momento de glória
Em Assembleia Geral
Declaração Universal
Como ação reparatória
 
Com o avançar da história
Ainda luta a humanidade
Por seus Direitos Humanos
Básicos de igualdade
Numa luta aguerrida
Luta por direito à vida
Segurança e liberdade
 
Na nossa sociedade
Pela Constituição
Vigem Direitos Humanos
Fundamentais de proteção
De justiça e de respeito
No Estado de Direito
A todos sem distinção
 
Direitos Humanos então
Em busca de garantias
Unifica a sociedade
Com fulcro na isonomia
De todos perante a lei
Como o sol, o astro rei
Nasce em luz dia após dia
 
Graças à Democracia
No Brasil vige o Direito
E os Direitos Humanos
Nos garante, com efeito
Status de cidadão
Contra a discriminação
Como básico preceito
  
E contra o vil preconceito
De cor, de religião
Contra arbitrariedades
De qualquer perseguição
Contra o racismo estrutural
Declaração Universal
Nos garante a proteção
 
E nesse diapasão
Lutar por dignidade
Com os Direitos Humanos
Em prol da diversidade
Contra a homofobia
E contra misoginia
Se torna prioridade
 
Na linha da alteridade
Respeitando as diferenças
Direitos humanos garantem
A liberdade de crenças
Formando um grande mosaico
Dentro do Estado Laico
Contra todas desavenças
 
Recorrendo de sentenças
Injustas e arbitrárias
Para garantir defesas
Legais e prioritárias
Para gregos e troianos
São os Direitos humanos
Uma das lutas diárias
 
Existem forças contrárias
Pautadas no elitismo
Contra os Direitos Humanos
Por puro autoritarismo
Quando defendem direitos
Para “humanos direitos”
Promovendo antagonismo
 
Fazendo proselitismo
Por preconceitos insanos
Há quem cria Fakenews
Contra os Direitos Humanos
No Brasil polarizado
Políticos alienados
Em nada republicanos
 
E em todos estes anos
Do Direito Universal
Buscar Direitos Humanos
É mesmo consensual
A luta é uma constante
Que lutemos doravante
Por justiça social
 
Educar é crucial
Sem jamais pisar na bola
Levar Direitos Humanos
Como matéria de escola
Para que cada estudante
Siga alerta e confiante
Com o direito na cachola
 
Nas cadeiras da escola
Que se projeta o futuro
É onde se constroem pontes
Em vez de levantar muros
Lá o saber se produz
É onde se acende a luz
Pra quem vive no escuro
 
Neste tempo obscuro
Ante a polarização
É preciso combater
Tanta desinformação
No nosso cotidiano
Sobre os Direitos Humanos
Na nossa imensa nação
 
E só mesmo a Educação
Nos seus rigores formais
Trazendo esclarecimento
Em suas linhas gerais
Sobre direitos humanos
Pra desfazer os enganos
Pelas redes sociais
 
Que somos todos iguais
Dentro da família humana
Protegidos pela Lei
Pela Carta soberana
Magna Constituição
Cidadã e Cidadão
Da nação republicana
 
Quem compreende se ufana
Pelo seu Direito à vida
À Justiça, à liberdade
Pelo Direito regida
Contra a discriminação
De raça ou religião
Que a luta consolida
 
Igualdade garantida
Direito à propriedade
Liberdade de expressão
Direito de oportunidade
Com os direitos humanos
Sem espaço pra tiranos
Na nossa sociedade
 
Ressalte a laicidade
No Estado de Direito
A dignidade humana
Como causa e efeito
Contra a discriminação
Priorizando a inclusão
Como o cerne do conceito
 
Cada indivíduo é sujeito
Perante a Declaração
Universal dos Direitos
Humanos, nesta nação
Conhecer e respeitar
Aprender e divulgar
É dever do cidadão
 
Necessária convenção
Assegura garantias
Pelos Direitos Humanos
Que garante Isonomia
Ao cidadão brasileiro
No Brasil alvissareiro
Graças à Democracia
 
Termino com euforia
Nestes versos à granel
Sobre os Direitos Humanos
No qual busquei ser fiel
Ao tema e à linguagem
Pra deixar esta mensagem
Em formato de cordel.

Inamar Coelho, 22/06/2024