terça-feira, 30 de novembro de 2021

segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Sanfoneiro Zé de Loura





 Zé de Loura Nasceu em 1954, conheceu Pedro sertanejo em 1963 quando Pedro tocava em Quijingue. Adquiriu a primeira sanfona em 69 trocando em uma bicicleta, no tempo em que ter uma bicicleta era coisa rara e cara, e ainda recebeu 18 mil cruzeiros de volta. A sanfona era um 48 baixos. O Jovem Zé ficou mais de 3 meses para aprender, autodidata. No mês de junho daquele ano se atreveu a tocar no palco do São João de Quijingue, no final da festa, mostrando para os presente o pouco que aprendeu. Ali começou a trajetória com o povo dizendo que o filho da Loura sabia tocar. Ficou Zé de Loura. Começou tocar profissionalmente com 17 anos, em casamentos e festas de largo.

Foi pra São Paulo em 72 quando já tocava com habilidade. Lá trabalhava como servente de pedreiro, mas sempre com saudade da sua terra, Quijingue, e de tocar sanfona. Participou do Programa do Jegue – tipo de gongo com o relincho do jegue se o artista não fosse bom. Zé não foi Gongado, era bom!. Ali teve o contato com Pedro Sertanejo que lhe deu Palco no famoso forró de Pedro. Lá tocou com sanfoneiro Guidô no forró da Catumbi, com Oswaldinho, Noca do Acordeon e com outros artistas de fama na época. No círculo de amizade com Pedro Sertanejo conheceu Dominguinhos e ficou impressionado com aquele rapaz que Pedro levou do Rio pra São Paulo pra gravar na Cantagalo. Na sua trajetória gravou 1 compacto e 5 LPS.


domingo, 28 de novembro de 2021

sábado, 27 de novembro de 2021

Variante se anuncia


 A pandemia inciada em fevereiro de 2019 segue firme. No Brasil já morreu 614 mil pessoas até este mês. Com a vacinação o número vem caindo e a pandemia arrefecendo. A OMS contabiliza que apenas 76,4% da população brasileira tomou a primeira dose e que apenas 60,4%, pouco mais da metade da população concluiu a segunda dose. Uma nova variante do virus, muito agressiva e de fácil propagação, foi descoberta na Africa do Sul no inicio de novembro. No Brasil parte da população espera e se organiza para o Carnaval e o governo reluta em fechar os aeroportos.


 

sexta-feira, 26 de novembro de 2021

Nativu's do Cumbe


 Singela homenagem ao Tradicional forró andante Nativu's do Cumbe que trabalha arduamente pela manutenção da cultura do forró-pé-de serra no São João de Euclides da Cunha há quase uma década, mas que nesse tempo da pandemia precisou descansar seus instrumentos.

terça-feira, 23 de novembro de 2021

Pane seca do Rei


 

hoje, 23/11/2021, foi notícia em vários veículos de comunicação que o "Carro de Roberto Carlos fica sem combustível, e cantor pega carona no Rio: Cantor teve pane seca em seu Audi porque esqueceu de abastecer o veículo". Essa situação serviu para muitos comentários engraçados sobre a alta exagerada no preço da gasolina.


segunda-feira, 22 de novembro de 2021

Estória de lobisomem.



Estória de lobisomem


Dirijo-me ao leitor
Que a leitura cultiva
Trazendo neste cordel
O labor que me motiva
Na engenharia de versos
Com cordelistas diversos
Que a tradição incentiva

Escolhi uma narrativa
De quand'eu era criança
Um causo de lobisomem
Já perdido na lembrança
Que aproveito pra contar
Neste cordel relatar
Pois a idade avança
 
A memória já descansa
Nem tudo é pra ser lembrado
Aos poucos vamos puxando
Este fio lá do passado
Dos guardados da infância
Encurtando essa distância
Contando em verso rimado
 
O causo aqui relatado
Pra situar o leitor
Deu-se no alto sertão
Com um cristão pecador
Que em noite de lua cheia
Se virava volta e meia
Lobisomem aterrador
 
Nas vilas do interior
Era a lenda recorrente
O causo de lobisomem
Amedrontou muita gente
Em segredo ou cochicho
Acusavam: "vira-bicho"
Qualquer estranho vivente
 
E o medo decorrente
Na mente da garotada
Na noite de lua cheia
A memória era ativada
Chegando dezoito horas
Meninada sem demora
Ficava em casa trancada
 
A maldição relatada
Nos enchia de pavor
E o caso acontecido
Que agora quero expor
Não foi vivido de fato
É lembrança do relato
Do tempo do meu avô
 
Foi um tio quem me contou
Que em uma Lua cheia
Surgiu na beira da serra
Um cachorro sem pareia
Do tamanho d'um jumento
Ele naquele momento
A espingarda tateia
 
O estampido clareia
E faz ouvir pelo ar
O bicho ganhou o mato
Se ouvia o mato quebrar
E daquela aparição
Começou aperreação
Meu tio pegou a contar
 
Logo cedo foi olhar
Pra fazer a vistoria
Não tinha marca de sangue
E nem pegada havia
Nem tinha mato quebrado
O bicho estava encantado
E isso ele bem sabia
 
Então marcou a vigia
No paiol se escondeu
Olhando por uma greta
Assim que anoiteceu
Deixou um bode amarrado
O trabuco carregado
E lá fora era só breu
 
Quando o bicho apareceu
Parecendo que sabia
Ficou olhando de longe
Distante quanto devia
Nos olhos as labaredas
Iluminava a vereda
De imaginar arrepia
 
Longe um cachorro latia
E o bicho correu pra lá
E meu tio ficou na toca
Esperando ele voltar...
Ao amanhecer então
Sentiu falta de um leitão
E viu outro a manquejar
 
Muita gente do lugar
Nessa noite em questão
Tinha notícia do bicho
E da sua aparição:
Teve rondando a janela
Quase a tranca desmantela
Atrás de um pobre pagão
 
Isso chamou atenção
Pois naquela redondeza
Aquele recém nascido
Era um anjo sem defesa
Então fizeram outro plano
O lobisomem tirano
Acharia uma surpresa
 
E com toda esperteza
Só uma ideia fervilha
Um espeto na janela
Pra fazer uma armadilha
Pra quando o bicho voltar
Se ele tentasse entrar
Espetava na virilha
 
E no chão uma forquilha
Com a ponta bem afiada
Para o caso de entrar
Receberia estrepada
Nem sentiria o respiro
Pra dar tempo dar o tiro
Arataca estava armada

Preparada a emboscada
Com todos dentro esperando
Três cabras apreensivos
Com a criança chorando
A mãe toda assombrada
Com seu pagão agarrada
E a noite avançando
 
O bicho chegou uivando
Coisa de arrepiar
O choro da criancinha
Só parecia aguçar
Quando chegou na janela
O espeto na costela
Fez logo o bicho urrar
 
Nem deu tempo atirar
No bicho que em disparada
Deixou um rastro de sangue
Pela beira da estrada
Depois sumiu pelo mato
Restando só o relato
Dessa estória assim contada
 
Bastou só uma espetada
E o bicho debandou
Tudo indica que aquele
Nunca mais se transformou
Mas sempre causava medo
Meu tio contando esse enredo
Com seu tom assustador

Não tem melhor narrador
No prazer da contação
Nossos tios nossos avós
Pra contos de assombração
No aconchego do alpendre
Ouvindo é que se aprende
E se guarda a tradição

E a próxima geração
pela linha sucessória
Com a viva oralidade
Repertório de estórias
De rica imaginação
De verdade ou invenção
Manterá viva a memória

Pra concluir esta história
Para o querido leitor
Informar que o lobisomem
Era só um pecador
Naquela confrontação
Perdeu sua maldição
Teve a luz do criador...

Curioso o narrador
Antes de ir pro além
Deixou-se ver uma marca
Numa costela tembém
Por coincidência infeliz
A vistosa cicatriz
Numa vista por ninguém...
 
 
Inamar Coelho, 22/11/2021

sábado, 20 de novembro de 2021

Orgulho "vintage"


 

Lula no páreo de novo


 

Dia da Consciência Negra


 É preciso ver e combater o racismo estrutural todos os dias, mas hoje é o dia de convocar à reflexão e à ação para mudança de atitude.

sexta-feira, 19 de novembro de 2021

quinta-feira, 18 de novembro de 2021

domingo, 7 de novembro de 2021

"Esclarecimento"


 Immanuel Kant (1783) em Resposta à pergunta: que é <<esclarecimento>>? escreveu que "esclarecimento << aufklarüng>> é a saída do homem de sua menoridade" e a "menoridade é a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a direção (tutela) de outro indivíduo. Sapere aude! Ouse pensar.

quarta-feira, 3 de novembro de 2021

terça-feira, 2 de novembro de 2021