A Santa Dulce dos pobres
1914-1992
É grande a
satisfação
Que me
toma nesta hora
Ao falar
de irmã Dulce
Que o
Brasil já adora
O anjo bom
da Bahia
Que para
nossa alegria
Acabou-se
a demora
Dia treze
de outubro
De dois
mil e dezenove
O anjo bom
da Bahia
Ao Santo Papa
Comove
Que eleva
Dulce a Santa
E o céu
inteiro canta
E não há
quem desaprove
Irmã Dulce
era santa
Desde sua
tenra idade
Dando
assistência aos pobres
Vivendo pra
caridade
Aos pobres
abandonados
Ajuda aos
necessitados
Ajudando os
doentes
Fazendo filantropia
Acolhendo o
desvalido
Era o anjo
da Bahia
É reconhecida
Santa
O povo não
se espanta
Pois como
santa vivia
Pequenina e
muito frágil
Mas com
uma força gigante
Sempre
pronta para a lida
Com seu
maternal semblante
Sempre dando
esperança
Ao idoso
ou a criança
Com sua
voz confortante
Nascida em
Salvador
A capital
da Bahia
Primeira santa
católica
Que o bom
Deus nos premia
Maria Rita
nasceu
Mas Irmã
Dulce viveu
E aos mais
pobres servia
Desde os seus
treze anos
Ao ver as
áreas carentes
Da cidade
da Bahia
Viu que
dali para frente
Seria religiosa
Tornou-se
a alma bondosa
Caridosa e
indulgente
Aos mendigos ajudando
Aos enfermos
desvalidos
A força do
poder de Deus
Com seu
amor desmedido
A Jovem Dulce
crescia
O anjo bom
da Bahia
Em puro
amor convertido
Foi por ser
nova demais
Não pôde
ir pro convento
Então voltou
a estudar
Sem esquecer
seu intento
De viver a
caridade
Mesmo naquela
idade
De viver o
mandamento
A família consentiu
E a casa
transformou
Num centro
de atendimento
Que sua
vida consagrou
De São Francisco
o exemplo
Era tanto
atendimento
Que a
notícia ecoou
Pessoas necessitadas
No bairro
de Nazaré
Na Rua da Independência
Com caridade
e fé
A jovem
Dulce atendia
Era o anjo
da Bahia
Com dificuldade
até
No ano de
trinta e três
O magistério
termina
Se
formando professora
Aquela jovem
menina
Parte logo
pro convento
Era agora
o momento
Da sua missão
divina
Entrou pra
Congregação
Das Irmãs Missionárias
No Estado
de Sergipe
Por sua fé
voluntárias
É noviça
desde então
D’Imaculada
Conceição
Do amor de
Deus solidária
Após o hábito
de freira
Sua imagem
se firmou
Como a
nossa Irmã Dulce
Que ao
pobre sempre amou
A Santa
Dulce dos pobres
Teve a sua
causa nobre
Que Deus a
santificou
No ano de
trinta e quatro
Assume o
magistério
Ali na Cidade
Baixa
Ela tem
seu ministério
Professora
prodigiosa
Em missão
religiosa
Um propósito
muito sério
Atuar como
professora
Não a
tornou diferente
Assistindo na região
Toda família
carente
Servia à
comunidade
Com toda
sua bondade
A caridade
era urgente
No ano de
trinta e seis
Uma União
Operária
Funda com Frei
Hidelbrando
Uma causa
solidária
Um movimento
cristão
De fé,
amor e união
Agremiação
necessária
Além dos
necessitados
Militava por
direitos
Pela causa
operária
Tinha de
todos respeito
Irmã Dulce
era santa
O seu nome
se agiganta
O amor era
o preceito
No ano de
trinta e nove
Inaugura um
colégio
Dá o nome
Santo Antônio
Garantindo
privilégio
Aos filhos
dos operários
Ato revolucionário
Comportamento
egrégio
Recolhendo
os sem teto
Nas ruas de
salvador
Ocupando algumas
casas
Era um ato
de amor
Fez em defesa
da vida
Sendo a única
medida
Contra o
mundo opressor
Foi expulsa
é verdade
Mesmo assim
não desistiu
Lutou por
mais de 10 anos
Até que um
dia conseguiu
Um
albergue implantar
Para poder
ajudar
Quem o
mundo excluiu
Era o
antigo galinheiro
Que pertencia
ao convento
Que transformou
em albergue
E depois
deu provimento
Criando um
hospital
Com seu amor
maternal
Do divino mandamento
O Hospital
Santo Antônio
Ela ajudando
a criar
Contribuiu
grandemente
Pra muitas
vidas salvar
Teve a
vida dedicada
Por isso
era adorada
Um ser de
admirar
Setecentas
as pessoas
Eles atendem
por dia
No Hospital
Santo Antônio
A dor do
pobre alivia
Feito de
fé e amor
Pra honra
de nosso senhor
Pelo anjo
da Bahia
Em mais de
sessenta anos
De vida de
caridade
O anjo bom
da Bahia
Partiu pra
eternidade
No ano noventa
e dois
Santificada
depois
Pra glória
da cristandade
No ano
dois mil e onze
Dulce é beatificada
Após cura
milagrosa
Por ela
realizada
Uma mulher
sergipana
Com hemorragia
tamanha
Por irmã
Dulce Curada
Seu nome é
Cláudia Santos
Que pode
testemunhar
Do sangramento
pós-parto
Que não
queria estancar
A UTI
desenganou
Mas Padre
Almir orientou
À Santa Dulce
orar
Com um segundo
milagre
Dulce é
canonizada
Após a cura
de um cego
Foi pela
fé consagrada
O Vaticano
aprovou
Papa
Francisco assinou
Dulce foi
santificada
O baiano
José Maurício
Cego por
quatorze anos
Orou à
Santa Irmã Dulce
Com desejo
soberano
O milagre
aconteceu
O Papa
reconheceu
Com aval
do Vaticano
A Santa
Dulce dos pobres
Uma freira
caridosa
Viveu seus
dias na terra
Com sua fé
prodigiosa
Disseminando
o amor
Merece nosso
louvor
A sua ação
gloriosa
Ela deixou
o exemplo
De amor e
caridade
O anjo bom
da Bahia
Um exemplo
de bondade
Que sempre
velou por nós
Hoje é a
nossa voz
Até a
eternidade.
Se você
tem fé em Deus
E também
faz caridade
Se consegue
amar o próximo
E cultiva
a humildade
Santa Dulce
lá no céu
Não te
deixará ao léu
Lhe terá
fidelidade
Vou
ficando por aqui
Registrando
no cordel
Vida e
obra dessa irmã
Que teve
negado o Nobel
Um anjo de
alma nobre
A Santa
Dulce dos pobres
Que hoje
habita no céu.
(Inamar Coelho, 19/10/2019)
Texto em homenagem à santificação de Irmã Dulce, a primeira santa católica nascida no Brasil, na Bahia e com milagres reconhecidos pelo Vaticano.