Cresci vendo a noite de São João com muito forró pé de serra, milho assado, bombas e bandeirolas. Ficávamos no Bairro Dengo nas fogueiras assando milho e soltando bombas, enquanto nas radiolas tocavam sempre Luiz Gonzaga e forrós de pé de bode. Todos tínhamos padrinos e madrinhas de fogueira. Licor, batida de maracujá, cachaça, eram coisas restritas aos adultos que dançavam dentro de casa ou no terreiro, longe dos adolescentes. Neste tempo ainda tinha balão. No dia anterior cortávamos palhas verdes de licurizeiro no pé da serra e também recolhíamos lenha para fogueiras. Nas fogueiras maiores e mais movimentadas colocávamos no meio um árvore repleta de doces pendurados, até refrigerantes, cachaça, goiabada, saco de pipoca e outras guloseimas. Ficavámos esperando queimar para o tronco cair e a gente pegar os prêmios. Só depois, descíamos para a praça do jardim onde era feito o arraiá do Cumbe e na Rui Barbosa ficavam as barracas de comidas e bebidas ornamentadas com palhas de licurizeiro. Issó é só memória.
Eu também conterrâneo. A cultura euclidense está sendo sufocada. Você me representa
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