sexta-feira, 21 de junho de 2024

É São João de araque!

 


Cresci vendo a noite de São João com muito forró pé de serra, milho assado, bombas e bandeirolas. Ficávamos no Bairro Dengo nas fogueiras assando milho e soltando bombas, enquanto nas radiolas tocavam sempre Luiz Gonzaga e forrós de pé de bode. Todos tínhamos padrinos e madrinhas de fogueira. Licor, batida de maracujá, cachaça, eram coisas  restritas aos adultos que dançavam dentro de casa ou no terreiro, longe dos adolescentes. Neste tempo ainda tinha balão. No dia anterior cortávamos palhas verdes de licurizeiro no pé da serra e também recolhíamos lenha para fogueiras. Nas fogueiras maiores e mais movimentadas colocávamos no meio um árvore repleta de doces pendurados, até refrigerantes, cachaça, goiabada, saco de pipoca e outras guloseimas. Ficavámos esperando queimar para o tronco cair e a gente pegar os prêmios. Só depois, descíamos para a praça do jardim onde era feito o arraiá do Cumbe e na Rui Barbosa  ficavam as barracas de comidas e bebidas ornamentadas com palhas de licurizeiro. Issó é só memória.

quinta-feira, 20 de junho de 2024

Apocalipse no São João



 Menos é mais. Forró só precisa de traingulo, zabumba e sanfona. Quadrilha só precisa de vestido de chita, laço de fita, sandalia de arrasto, um passo de xaxado e nada mais. A riqueza da Tradição está na simplicidade. A cada ano que passa a cultura nordestina se afasta do seu centro rumo à Broadwai, sem Oscar...

sábado, 15 de junho de 2024

Viva o Nativu's do Cumbe!


 

Camarote dos amostradinhos


O arraiá do Cumbe tem virado um espaço gourmetizado ao gosto da classe que tem mais dinheito e não economiza quando o assunto é se diferenciar do povão. Já não basta ter uma festa com artistas que nada tem a ver com a tradição do forró, cuja culminância deveria ser nos arraiás, agora o terreiro onde o povo se irmana na cultura nordestina tem camarote. O São João hoje é memória.



Respeitem o Nordeste!


 Um desqualificado da esxtrema direita bolsonarista que a ignorância elegeu deputado veio à Bahia comparar nordestinos à galinhas por serem beneficiários de programas socias e por isso votarem el Lula.

sábado, 8 de junho de 2024

São João sabotado





Os artistas de forró esperam o ano inteiro para tertem a oportunidade de um espaçoa para apresentar nossa cultura regional no São João, mesmo recebendo a mixaria de sempre. O prazer e a defeza da tradição falam mais alto que os ganhos que jamais tiveram. Quando o poder público paga 800,00 para um forrozerio e 800.000,00 par aum artista de outras culturas, temos ai um "quid pro quo"que em resumo, neste caso, significa em uma substituição grosseira de uma cultura por outra. A população alienada da própria cultura e tradição não se constrange em expressar seu "Oh" de satisfação e deslumbramento quando q grade de atrações por todo o Nordeste é o "ó do borogodó", para quem entende de defende a tradição e acultura do forró, um desserviço, um insulto. Confusão criada pelo equívoco.