quinta-feira, 29 de setembro de 2022
sábado, 24 de setembro de 2022
terça-feira, 20 de setembro de 2022
Bala de prata
segunda-feira, 19 de setembro de 2022
Parabéns Euclides da Cunha!
Euclides da Cunha torrão adorado
Tão decantado no mundo inteiro
Os Sertões veio nos trazer a glória
Da nossa história no sertão brasileiro
Por muito anos foi aqui adorado
O Bendegó - famoso meteorito
Nosso sertão um jardim em festa
Foi escolhido lá no infinito
Salve o rincão de filhos varonis
Heróis anônimos mortos de pé
Renasce ardente em nossos corações
Tua bravura de amor e fé
Letra: José Aras, Música: Antônio Moreira
sábado, 17 de setembro de 2022
domingo, 11 de setembro de 2022
sexta-feira, 9 de setembro de 2022
quinta-feira, 8 de setembro de 2022
quarta-feira, 7 de setembro de 2022
terça-feira, 6 de setembro de 2022
segunda-feira, 5 de setembro de 2022
Mote "Não venha de pé quebrado, pois o cordel tem rigor"
Mote:
Não venha de pé quebrado
Pois o cordel tem rigor
Glosas:
O mote exige a glosa
Pra registrar no papel
Tematizando o cordel
Essa arte fabulosa
Cultura maravilhosa
Que demonstra seu vigor
Quando o metrificador
Respeita o texto rimado
(Não venha de pé quebrado
Pois o Cordel tem rigor)
O Cordel tem estrutura
Rigidez e tradição
Pra nossa satisfação
Em arte se configura
Na viva Literatura
Para ter o seu valor
Na forma requer labor
Só verso metrificado
(Não venha de pé quebrado
Pois o Cordel tem rigor)
O Cordel é secular
E vem resistindo ao tempo
Não conhece contratempo
Não se deixa deformar
É preciso observar
Um importante fator
A Rima (digo ao senhor)
Observe com cuidado
(Não venha de pé quebrado
Pois o Cordel tem rigor)
O Cordel é artesania
Cultura viva do povo
Não cabe modelo novo
Mas do novo se apropria
Resiste com maestria
Na boca do cantador
No rádio e televisor
Na Internet tem entrado
(Não venha de pé quebrado
Pois o Cordel tem rigor)
O Cordel tem sua forma
A mais usada: sextilha
Sempre a maior: redondilha
Com obediência à norma
Favorece a quem performa
Menestrel declamador
No texto escrito ao leitor
Para ser interpretado
(Não venha de pé quebrado
Pois o Cordel tem rigor)
O Cordel pra ser Cordel
Precisa ter oração
Coerência e coesão
Ao modelo ser fiel
Seja oral ou no papel
O engenho criador
Tem um facilitador
Com isso bem anotado:
(Não venha de pé quebrado
Pois o Cordel tem rigor)
Para o Cordel ser escrito
Basta seguir seu modelo
Não precisa atropelo
Tem padrão e gabarito
Pro texto sair bonito
Justo sem tirar nem pôr
Na boca do cantador
Poderá ser aclamado
(Não venha de pé quebrado
Pois o Cordel tem rigor)
O cordel pra ser aceito
Tem sua característica
Tem marcada estilística
Não aceita outo jeito
E seguindo esse preceito
Poeta versejador
Estudante ou professor
Estando bem informado
(Não venha de pé quebrado
Pois o Cordel tem rigor)
E para ser cordelista
É preciso produzir
E no cordel traduzir
O seu olhar de artista
Como sendo um retratista
Um artesão escultor
Com a poesia compor
Conforme seja o chamado
(Não venha de pé quebrado
Pois o Cordel tem rigor)
Inamar Coelho, 05/09/2022
quinta-feira, 1 de setembro de 2022
Pela beatificação do Padre Cicero Romão
Pela beatificação do Padre Cicero Romão
Ainda que o tempo passe
No trem da evolução
O Nordeste não esquece
Romeiro faz multidão
Vindo do Brasil inteiro
Pra velar no Juazeiro
Padre Cícero Romão
Bendito seja esse chão
O nosso solo sagrado
Recebe com alegria
O sonho realizado
Pela grande devoção
Que sua beatificação
Tem processo autorizado
Católicos de todo lado
Esperavam esse dia
Essa decisão do Papa
Recebem com alegria
Com amor no coração
Só aumenta a comoção
E reforça a romaria
Deus é quem reconcilia
E dá toda santidade
O povo espera no céu
Na Santíssima Trindade
Nos santos do panteão
Que essa beatificação
Seja com celeridade
Espera na divindade
O povo do Juazeiro
E os milhões de fieis
Por este Brasil inteiro
Pra todos Ciço Romão
O anjo bom do sertão
Já é santo brasileiro
Foi um milagre primeiro
Não sendo reconhecido
Fim do século dezenove
Sendo por isso punido
O Bispo não aceitou
Julgou e o condenou
E assim foi preterido
Graças tem-se recebido
Quem se ampara na fé
Em Padim Ciço Romão
Em Jesus de Nazaré
Que o Espírito Santo
E Maria com seu manto
Ilumine a Santa Sé
Hoje o Crato tá de pé
O Cariri se alegra
O Padin Ciço Romão
À Igreja reintegra
Esperar em oração
Paciência e contrição
Na Lei de Deus é a regra
Intersecção não lhe nega
Pós toda preparação
Que desde dois mil e um
Constituiu Comissão
Sobre a vida do Padre
Para que ele se enquadre
Fez-se toda revisão
Juntou também petição
Ao completar cinco anos
Com quase trezentos bispos
Remetida ao vaticano
Pedindo deferimento
Para o reconhecimento
Desse santo ser humano
Lentamente oito anos
Até chegar um sinal
Só em dois mil e quatorze
A esperança afinal
Para beatificação
Com reconciliação
No caminho divinal
Mais oito anos final
Vem de Deus a promissão
Passando a Servo de Deus
O Padim Ciço Romão
O Brasil se mobiliza
A Santa Sé autoriza
Sua beatificação
Na sua santa missão
Quando em sonho revelada
De tomar conta dos pobres
Tanta gente flagelada
Lhe mostra em sonho Jesus
Sua messe e sua cruz
A direção foi mostrada
Ornava a sua estrada
Caridade e empatia
Pregando o evangelho
A santa Missão cumpria
Cuidando e orientando
Costumes moralizando
Conquistando simpatia
Padim Ciço assim servia
Aos desígnios de jesus
Mas ao mostrar um milagre
A Igreja não fez jus
Viu-se no nível rasteiro
Acusado de embusteiro
Sentiu o peso da cruz
Quando tudo veio à luz
Nomearam comissão
Uma hóstia virar sangue
Só tinha uma conclusão
Que duvidar não cabia
Um milagre então seria
Por não ter explicação
Rejeitou a apuração
Dom Joaquim José Vieira
Para desmistificar
Passou por nova peneira
Após novo reajuste
Decidiu que foi embuste
Levantou uma barreira
Suspendeu dessa maneira
As ordens sacerdotais
Mas Padin Ciço Romão
Buscou as vias legais
Viajando para Roma
O seu direito retoma
Dados arranjos formais
Tendo afetos cordiais
Recebe absolvição
Mas voltando ao Juazeiro
Soube da revogação
Sugerindo pelo clero
Em mais um ato austero
A sua excomunhão
Uma viagem em vão
Mas que lhe rendeu louros
Uma ida ao vaticano
Teve efeito duradouro
Aumentou a devoção
Fé e admiração
No seu futuro vindouro
Viu chegar um tempo de ouro
Como santo milagreiro
Ao perder força política
Na sedição Juazeiro
Viu crescer a devoção
Arrebanhou multidão
Como santo brasileiro
Xeque mate é certeiro
Para por fim à partida
A Igreja corrigindo
Injustiça cometida
Tudo se resolvendo enfim
A pena sobre o Padim
Por fim então revertida
Zela por graça obtida
Devoto de coração
O Grande Papa Francisco
Dando a beatificação
Honra o povo brasileiro
A esse Nordeste inteiro
E ao Padin Ciço Romão.
Cordelzinho do Zoordel
Que merece louvação
Por estimular poetas
Ao labor da produção
Foi o primeiro Zoordel
Com ‘animais do sertão’
Na sua diversidade
Sobre a fauna sertaneja
Com responsabilidade
Estimulou o Cordel
Deu-lhe visibilidade
Agremiou cordelistas
Na escrita sobre a fauna
Verdadeiros ativistas
Mostrou que a Bahia tem
Um celeiro de artistas
Podendo participar
Para exporem sua arte
Ou no cordel debutar
O Zoordel estimulando
A cultura popular
Tem a segunda edição
Sobre a ‘fauna ameaçada’
Que ‘pede preservação’
Neste segundo Zoordel
‘Animais em extinção’
Museu de Zoologia
Com UEFS Editora
Essa discussão amplia
Cada concurso Zoordel
Nossa cultura premia
E amplia abrangência
Ao promover o debate
Estimula a consciência
À pensar preservação
Como estado de emergência
Vem cumprir esse papel
De informar educar
Pelos versos do cordel
Por tudo que vem fazendo
Só parabéns ao Zoordel.