Desabsurdos ao gosto
de Zé Limeira
Perguntando quem foi Lula
Ao poeta Zé Limeira
Resposta nada absurda
Respondeu já de primeira
Que é preciso de óculos
Pra aumentar a cegueira.
Lula nascendo rico
Do espaço aqui chegou
Vindo de Kriptônia
No seu jegue aterrizou
No sertão por ser mais frio
Por não gostar de calor.
Por ser bonito e altivo
E ter uma voz de veludo
Pela elite recebido
Também pelo seu canudo
Virou Papa e gigolô
Um careca cabeludo.
Inventou de ser o cara
Que a fome deu vazão
Quis importar o Alasca
Pra instalar no sertão
Só pra aparecer na Globo
Investiu mais de um bilhão.
Do deserto do Saara
Importou grande sequoia
Engravidou a justiça
Que vive em paranoia
Entre os cafetões juízes
E a foice da história.
Deu um dedo pra ser livre
Amassou o pão pro diabo
Deixou Hercules no chinelo
Deitou-se com o touro brabo
Num bordel serviu vestal
Numa cruz segue deitado
...
Absurdo do absurdo
Até para Zé limeira
É o que se vê no Brasil
De uma mídia carniceira
De um congresso servil
De uma elite caloteira
Bastava dizer em verso
O desenrolar do fato
Com todo seu absurdo
Pra Limeira o ultimato
E o povo nesse ardil
Sempre pagando o pato.
Inamar, janeiro 2018.